Seitas e as Heresias: Mormonismo.

Seitas e Heresias Parte 4 – 05/04/22

SEITAS E AS HERESIAS: MORMONISMO 

Embora os Mórmons sejam um povo aparentemente simpático e tenham um programa de beneficência social igual aos melhores do mundo, o mormonismo é uma das piores seitas falsas de que se tem conhecimento. São verdadeiros lobos vestidos de cordeiros. Os missionários dos Mórmons são bem treinados em seus métodos, e quem é crente só de nome é presa fácil para seus argumentos. Entretanto, uma pessoa que realmente nasceu de novo não cairá em suas presas doutrinárias, porque sua regra de fé e prática é a Bíblia sagrada.

BREVE HISTÓRICO DO MORMONISMO: O “profeta” dos Mórmons, Joseph Smith Júnior, nasceu em 23 de dezembro de l805 em Sharon, Estado de Vermont. Foi criado na pobreza e superstição. Em 1820, aos quinze anos, já residentes em Palmira, estado de Nova Iorque, participou de um grande movimento evangelístico na região, e ao orar num bosque (segundo ele), perguntando a Deus qual Igreja devia pertencer, apareceram-lhe dois anjos resplandecentes e lhe disseram que todas as igrejas estavam desviadas; e que ele não se unisse a nenhuma. O evangelho de Cristo em breve seria restaurado. Veja Gl 1.8,9.

A Segunda visão de Smith: Segundo o relato do próprio Smith, apareceu-lhe o “anjo” Moroni, que, segundo fez crer, havia vivido naquela mesma região há uns 1400 anos. Ainda conforme o relato de Smith, Mórmon, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo em placas de ouro. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria essas placas ao pé de um monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Joseph Smith o lugar onde as placas teriam sido escondidas, e lhe emprestou umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas, “Urim e Tumim”, com as quais Joseph Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas.

Fundação da Igreja Mormon: Joseph Smith encontrou quem o aceitasse como profeta e fundou uma Igreja com seis membros. Esta, no conceito dele era a única igreja verdadeira. Somente nela se conseguiria a salvação da alma. Os crentes deviam edificar uma teocracia, isto é, teriam seu próprio governo civil sob a direção. Smith, o profeta, seria o presidente. Teria a ajuda de doze apóstolos. Os que não recebiam a mensagem eram chamados de “gentios”. Uma série de “revelações” de Jeseph Smith foi desenvolvendo a doutrina da Igreja e transformado-a em um politeísmo, conf. Doutrinas e Convênios.(Livro da seita).

Perseguição à Igreja Mormom e seus Motivos: Devido à doutrina da poligamia, Smith e seus seguidores sofreram várias perseguições, razão pela qual eram levados a peregrinar de um a outro ponto da América, procurando onde estabelecer uma colônia e fundar o reino de Deus. Encontraram acolhida em Illinois, onde erigiram a cidade de Nauvoo. Aí acusado de grosseira imoralidade falsificação, Smith foi preso, e uma turba enfurecida invadiu a cadeia e, a tiros, matou Smith e a seu irmão Hyrum. Veja (2 Co 4.4).

As doutrinas do Mormonismo

Primeiramente é bom destacar que o Mormonismo não é um grupo doutrinário que esteja dentro do corpo cristão. Esta igreja prega um Deus diferente, um Jesus diferente, e um céu e inferno diferente. Ela ataca a integridade da Bíblia, e proclama um outro evangelho. Suas doutrinas “eternas” ou “evangelho” e plano de salvação são dirigidos pelo deus desta terra através de um profeta, “vidente e revelador” onde os membros devem demonstrar obediência total, se quiserem ganhar a vida eterna.

Doutrina Sobre a Bíblia: Os Mormons dizem crer na Bíblia até onde ela se haja conservado com a tradução correta. Afirmam que a “Igreja apóstata” tem corrompido gravemente, tirando muitas partes e acrescentando outras. Publicaram sua própria versão da Bíblia. A confrontação da Bíblia atual com manuscritos antigos faz ver que Deus admiravelmente tem conservado sua Palavra livre de tais alterações e corrupções. Os Mormons dizem também que os profetas vivos valem mais que todas as Bíblias. Veja Ap 22.18,19; Pv 30.5,6.

Doutrina Sobre Jesus Cristo: Dizem que Jesus Cristo foi o Filho de Deus-Adão e Maria. Não foi gerado pelo Espírito Santo, mas por geração natural. Chegam ao absurdo de dizer que Jesus teve várias esposas, entre elas Marta e Maria, as irmãs de Lázaro, e Maria Madalena. Foi desta maneira que pôde “ver sua linhagem” antes de sua crucificação. As bodas de Caná, segundo eles, eram do próprio Jesus e que Joseph Smith foi um de seus descendentes, a linhagem prometida. Para quem conhece a Bíblia não terá dificuldades para refutar esses absurdos heréticos. Veja Mt 1.18-23; Lc 1.26-35. Em relação às bodas de Caná é ó ler o texto para constatar que Jesus foi apenas convidado para o casamento.

Doutrinas sobre o pecado e a salvação

Ensinam que Adão teve de desobedecer a um dos mandamentos de Jeová para poder cumprir outro mais importante, o de povoar a terra. Pela desobediência de Eva ela foi condenada à mortalidade. Para poder retê-la como esposa e povoar a terra, ele também teria de fazer-se mortal. Sabiamente desobedeceu também para que a raça humana pudesse nascer. Refutação: A bíblia não atribui nenhuma sabedoria à escolha de Adão, pelo contrário desobedeceu a consciente conf. 1 Tm 214; Rm 5.12-19.

A Expiação: O Mormonismo ensina que Jesus Cristo expiou somente o pecado de seu Pai, Deus-Adão, Isto fez possível a libertação da humanidade dos efeitos da queda, porém não era para remir o homem dos pecados individuais. Refutação: Se a pessoa negar a divindade de Cristo, nega também, logicamente, a doutrina cristã da expiação. A Bíblia ensina que Jesus Cristo levou o nosso pecado, e não somente os de Adão (1 Jo 2.2; 3.5; 4.10; Is 53.4-6,12;Jo 1.29;1 Co 15.3; Gl 1.4;Hb 1.3;1 Pe 2.24).

Batismo pelos mortos: Ensinam que aqueles que morrem sem ter sido batizados na Igreja dos Mórmons, terão oportunidade de ouvir a pregação da verdade no mundo dos espíritos, Muitos crerão, mas não terão ali oportunidade de se batizar para serem salvos. Portanto, os fiéis que ainda vivem, devem batizar-se em lugar de cada defunto cuja conversão deseja. Para essa doutrina citam 1 Pe 3.18-20 e 1 Co 15.29. Refutação: As Escrituras ensinam que hoje é o dia da salvação e que não há outra oportunidade depois da morte. Veja 2 Co 6.2; Hb 927; Mc 16.15,16 etc.

A Teocracia: Os Mormons ensinam que o sacerdócio de sua Igreja é o governo de Deus na terra. Os que rejeitam serão condenados. Refutação: Já vimos que a salvação depende da fé em Cristo, não de ser membro de uma Igreja (At 16.31; Ef 2.8). Os cristãos através dos séculos têm chegado a ser membros do reino de Deus, ao receberem o Rei em seus corações e fazê-lo Senhor de sua vida (Rm 14.17).

Refutações bíblicas

O árbitro maior da fé cristã é, não a teologia seca e morta, nem as alegadas “visões” de homens, sejam, eles quem forem, mas a Bíblia sagrada. E é à luz dos seus ensinos que as crenças do mormonismo são refutadas. A regra de fé e prática do cristianismo sempre foi a Bíblia sagrada.

Sobre a Bíblia e Deus. A Bíblia sagrada fala de si mesma como: O Livro dos séculos (Sl 119.89; 1 Pe 1.25); Divinamente inspirada (Jr 36.2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21); poderosa em sua influência (Jr 5.14; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb 4.12). Absolutamente digna de confiança ( 1 Rs 8. 56; Mt 5.18; Lc 21.33); pura (Sl 19.8; verdadeira (Sl 119.142) etc. Sobre Deus: Deus e Adão são pessoas distintas. Deus é o criador(Gn 1.26), enquanto que Adão é criatura de Deus( Gn 1.27). Deus não é homem (Nm 23.19). Deus é Espírito (Jo 4.24) etc.

Sobre Jesus Cristo e sobre a Igreja: Jesus Cristo foi gerado por obra e graça do Espírito Santo ( Lc 1.35). Dizer que Jesus era casado, e que as Bodas de Caná da Galiléia foi a festa do seu próprio casamento, demonstra ignorância quanto à exegese de João 2.2. Muito mais que isto, constitui-se num abominável ultraje à pessoa do Salvador Jesus Cristo. A Igreja foi estabelecida por Jesus (Mt 16.18). Está fundamentada em Jesus (Mt 16..16,18), é vitoriosa sobre o inferno pelo poder de Jesus (Mt 16.18).

Batismo pelos mortos, Matrimônio e o castigo eterno: Não há nenhuma referência na Bíblia, nem na história eclesiástica quanto ao batismo pelos mortos como uma prática da Igreja. Pelo contrário, em 1 Co 15.29,30 Paulo faz uma represália. Matrimônio: Segundo a Bíblia, os ressuscitados serão como os anjos, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30). Sobre o castigo eterno: Ver 1 Jo 2.17; Mt 25.46; Jo 6 51 etc. Ap 2.15.

A Bíblia desmascara a Seita pseudo-cristã Mormonismo, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, do profeta Joseph Smith, com seus Livro dos Mórmons, anjo Moroni, poligamia, reencarnações, racismo, Jesus não O Deus mas um deus minúsculo evoluído do homem e por ele igualável, Jesus e céu com prática de sexo, etc.

É cristão o mormonismo?

Esta talvez pareça ser uma pergunta enigmática para muitos mórmons, bem como para alguns cristãos. Os mórmons dirão que eles incluem a Bíblia na lista dos quatro livros que reconhecem como Escrituras, que sua crença em Jesus Cristo é parte central de sua fé, e que isto é indicado pelo seu nome oficial, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Além disso, muitos cristãos têm escutado o Coral do Tabernáculo Mórmon cantar hinos cristãos, e ficam impressionados com a dedicação de muitos adeptos quanto às suas regras morais e sua forte estrutura familiar. Não seria, então, por isso, o mormonismo uma religião cristã?

Para responder a esta pergunta de maneira correta e imparcial, precisamos comparar cuidadosamente as doutrinas básicas da religião mórmon com as do cristianismo bíblico, histórico. Para representar a posição mórmon nós temos recorrido aos mais bem conhecidos escritos doutrinários do mormonismo, incluindo a edição de 1988 do livro Princípios do Evangelho, cujos direitos autorais estão em nome da Corporação do Presidente de a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Faremos esta comparação em dez áreas fundamentais de doutrina.

Há mais de um Deus verdadeiro?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que há um só Deus vivo e verdadeiro, e que além dEle não há outros deuses (Deuteronômio 6:4; Isaías 43:10, 11; 44:6, 8; 45:21, 22; 46:9; Marcos 12:29-34).

Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que há muitos deuses, e que os seres humanos podem vir a ser deuses e deusas no Reino Celestial. Eles ensinam ainda que aqueles que alcançam a divindade teriam o que eles chamam de “filhos espirituais” que adorariam e orariam a eles, assim como nós adoramos e oramos a Deus Pai (o Livro de Abraão, 4:1-5:21 en A Perola de Grande Valor; Princípios do Evangelho, pp. 9, 11, 290).

Deus Pai já foi homem como nós?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Deus é espírito (João 4:24; 1 Timóteo 6:15, 16), que não é um homem (Números 23:19; Oséias 11:9; Romanos 1:22, 23) e que sempre (eternamente) existiu como Deus — onipotente, onipresente e onisciente (Salmo 90:2; 139:7-10; Apocalipse 19:6; Malaquias 3:6).

Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Deus Pai foi um homem como nós, que progrediu até tornar-se um Deus e, mesmo nessa condição, continua a possuir um corpo de carne e osso. (“O próprio Deus já foi como nós somos agora — ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes!” Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, compilado por Joseph Fielding Smith, pp. 336). Em Doutrina e Convênios (D&C) 130:22 é dito que “o Pai tem um corpo de carne e ossos, tangível, como o do homem”; também a citação famosa de Lorenzo Snow, “Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser” (Regras de Fé de James Talmage, p. 389). Para completar, o mormonismo ensina que Deus tem um pai, um avô, e assim sucessivamente (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 365).

Jesus e Satanás são espíritos irmãos?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Jesus é o único e verdadeiro Filho de Deus; Ele tem sempre existido como Deus, e é co-eterno e co-igual com o Pai (João 1:1-14; 10:30; Colossenses 2:9). Ainda que nunca haja sido menos que Deus, no tempo indicado pôs de lado a glória que compartilhava com o Pai (João 17:4, 5; Filipenses 2:6-11) e foi feito “semelhante aos homens” para realizar a obra da nossa salvação. Sua encarnação (não confundir com “reencarnação”) se fez realidade quando foi sobrenaturalmente concebido pelo Espírito Santo e nasceu de uma virgem, chamada Maria (Mateus 1:18-23; Lucas 1:34, 35), conforme havia sido predito pelos profetas no Antigo Testamento (Isaías 7:14; 9:6; Mateus 2:6; Miquéias 5:2). 

Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Jesus Cristo é nosso irmão mais velho, e que progrediu até chegar a ser um deus, havendo primeiro sido gerado como um “filho espiritual” por meio do Pai e de uma mãe celestial, e depois concebido fisicamente pelo Pai e pela virgem Maria. A doutrina mórmon afirma que Jesus e Lúcifer são irmãos (Princípios do Evangelho, pp. 9, 15, 16, 54, 57).

Deus é uma trindade?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo não são deuses separados, e sim Pessoas distintas de um só Deus Triúno. Em todo o Novo Testamento o Filho e o Espírito Santo, bem como o Pai são identificados separadamente como Deus, e agem como Deus (Filho: Marcos 2:5-12; João 20:28; Filipenses 2:10, 11; Espírito Santo: Atos 5:3, 4; 2 Coríntios 3: 17, 18; 13:14); mas, ao mesmo tempo, a Bíblia ensina que existe um só Deus, e que os três são manifestações distintas do mesmo e único Deus (veja novamente o ponto no 1). Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses separados (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pp. 361-362; Mormon Doctrine, pp. 576, 577)

O pecado de Adão e Eva foi um grande mal ou uma benção?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a queda do homem foi um grande mal, e que através disso o pecado entrou no mundo, pondo todos os seres humanos debaixo da condenação e da morte. Assim, todos os seres humanos nascem com uma natureza pecaminosa, e serão julgados pelos pecados que cometem, individualmente (Ezequiel 18:1-20; Romanos 5:12-21).

Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que o pecado de Adão era “um passo necessário no plano da vida e uma grande bênção para toda a humanidade” (Princípios do Evangelho, p. 31; Doutrinas de Salvação, Vol. 1, pp. 114, 11; Livro de Mórmon, 2 Néfi 2:25).

Beneficia a morte expiatória de Cristo aqueles que o rejeitam?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a obra redentora de Cristo é, antes de mais nada, a solução provida por Deus para o problema do pecado da humanidade. Por haver tomado os pecados pessoais de todos os homens — passado, presente e futuro — em Seu próprio corpo na cruz (1 Pedro 2:24), Cristo, como o prometido Cordeiro de Deus sem mancha, cumpriu totalmente as exigências da Justiça Divina, para que todos aqueles que pela fé O receberem possam ser perdoados, restaurados à comunhão com Deus e desfrutar de vida eterna com Ele para todo sempre (2 Coríntios 5:21; Apocalipse 21:1-4).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que a obra redentora de Cristo apenas garante o que ela chama de “salvação geral”, que consiste no fato das pessoas serem ressuscitadas — acontecendo para todos, indiferente de terem aceito Jesus Cristo pela fé. Para eles, a obra redentora não é suficiente em si mesma para dar a vida eterna. Em vez disso, seria preciso acrescentar as nossas boas obras (Princípios do Evangelho, pp. 69, 291-292; Regras de Fé;, pp. 86, 88-89).

Podemos nos fazer dignos diante de Deus por nossos próprios méritos?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que nós somos salvos do nosso pecado e morte espiritual pela provisão graciosa de Deus de perdão e vida eterna. Não podendo ser merecida nem conquistada pelas nossas obras (Efésios 2:8, 9). Os 10 Mandamentos nos foram dados para mostrar que somos incapazes e incompetentes para cumprir os desígnios da perfeita e santa Justiça de Deus por nossos próprios esforços, evidenciando nossa fraqueza e nos fazendo reconhecer que somos inteiramente dependentes dEle (Romanos 3:20; 5:20; 7:7, 8; Gálatas 3:19). Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a provisão graciosa do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29; Hebreus 9:11-14; 10:1-14). Não podemos contribuir praticamente em nada para a nossa salvação porque, sem Cristo, somos espiritualmente “mortos em nossos pecados” (Efésios 2:1, 5); um novo coração, o qual deseja obedecer às leis de Deus, é resultado concreto da salvação (entretanto, é correto que, sem evidências de mudança na conduta, o testemunho de fé em Cristo do indivíduo pode muito bem ser questionado; salvação pela graça somente através da fé não significa que nós podemos viver como “nos der na cabeça” — Romanos 6:1).
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que todo homem receberá a salvação, referindo-se a ela como sendo nada mais que “uma conexão inseparável do corpo e do espírito, propiciada pela expiação e ressurreição do Salvador” (Princípios do Evangelho, p. 359). Mas, para obter a salvação “máxima”, que eles chamam de exaltação e que significaria “morar na presença de Deus”, a única possibilidade é se a pessoa perseverar “em fidelidade, guardando todos os mandamentos do Senhor até o fim de
sua vida terrena” (Princípios do Evangelho, p. 292). As obras seriam requisitas para se poder “morar na presença de Deus” (Terceira Regra de Fé; Doutrinas de Salvação, Vol. 2, p. 5).

É a Bíblia a única e definitiva Palavra de Deus?

A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a Bíblia é a única, final e infalível Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16; Hebreus 1:1, 2; 2 Pedro 1:21) e que ela permanecerá para sempre (1 Pedro 1:23-25). A preservação providencial, por parte de Deus, do texto bíblico tem sido maravilhosamente confirmada pela Arqueologia e pela História, a exemplo da descoberta dos Rolos do Mar Morto.
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que a Bíblia foi adulterada, tem perdido muitas de suas verdades e que não contém o Evangelho em toda a sua plenitude (Doutrinas de Salvação, Vol. 3, pp. 190, 191; Livro de Mórmon,1 Néfi 13:26-29; Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 12).

Os pontos que apareceram em itálico constituem o Evangelho normalmente crido por todos os cristãos evangélicos através dos tempos, independentemente de rótulos denominacionais. Por outro lado, algumas religiões, como o mormonismo, pretendem passar-se por cristãs em suas crenças e práticas, mas dão mais autoridade a outros escritos do que à Bíblia, ensinam doutrinas que contradizem os ensinos bíblicos, e têm crenças completamente estranhas e contrárias aos ensinos de Jesus. A maioria destas seitas se tem originado nos últimos 200 anos (a Ciência Cristã, as Testemunhas de Jeová, os mórmons etc.), e estas, sim, representam uma evidente apostasia.
Os mórmons e os cristãos evangélicos têm em comum importantes termos bíblicos e preceitos éticos. Contudo, os pontos já mencionados são alguns exemplos das múltiplas diferenças fundamentais e inconciliáveis entre o cristianismo bíblico e o mormonismo. Embora tais diferenças não nos impeçam de termos amizade com mórmons, não podemos considerá-los irmãos em Cristo. A Bíblia nos adverte especificamente sobre falsos profetas que ensinariam “um outro evangelho”, centrado em “um outro Jesus” e testemunhado por “um outro espírito” (2 Coríntios 11:4, 13-15; Gálatas 1:6-9). A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma que seu Livro de Mórmon é “um outro testamento de Jesus Cristo”. Nós cremos que, na realidade, trata-se de um “testamento de um outro Jesus”, e que o mormonismo não é cristão.

É dito que se alguém se diz mórmon (ou candidato a tal), mas não aceita todos os dogmas básicos do mormonismo, tais como:

· Joseph Smith foi um profeta de Deus;

· O Livro de Mórmon é verdadeiro e divinamente inspirado;

· Deus já foi um homem que progrediu até a divindade através da obediência às leis e ordenanças da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias;

· e a Igreja Mórmon foi divinamente estabelecida, então os demais mórmons rejeitariam sua reivindicação de ser um “santo dos últimos dias”.

Um indivíduo não pode se dizer mórmon se não crê cegamente nas estranhas doutrinas fundamentais que todos os mórmons crêem. Da mesma maneira, se os “santos dos últimos dias” não crêem nas verdades bíblicas essenciais defendidas por todos os cristãos genuínos, como podem esperar que sejam aceitos como irmãos em Cristo?

Os Mórmons acreditam que os “outros” cristãos são seguidores de doutrinas apóstatas. Por que, então, querem ser considerados parte do do corpo de Cristo? Há três possibilidades:

· Para dar conforto e legitimidade a eles mesmos, pessoalmente, pelo fato de pertencerem a uma “religião legítima”.

· Para reforçar a aparência de uma religião legítima, facilitando seu vasto proselitismo.

· Porque crêem que os mórmons são os únicos cristãos verdadeiros.

Se os mórmons se julgam os únicos cristãos verdadeiros, então não deveriam esforçar-se por passar-se como parte da Igreja Cristã. Em lugar disso, deveriam proclamar abertamente a todo mundo que os cristãos evangélicos são nada mais que apóstatas, e que os mórmons são os únicos e verdadeiros cristãos. Na realidade, isto é o que eles ensinam reservadamente (em particular), mas não abertamente.
Se os mórmons, especialmente sua liderança, têm consciência destas verdades, por que pretendem ser entendidos como parte integrante do que o mundo em geral considera como sendo a Igreja Cristã, quando sabem que não o são? A lógica leva-nos a concluir que sua motivação parece ser uma combinação das três possibilidades já mencionadas, especialmente a segunda, que é converter mais e mais pessoas à seita do mormonismo.
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo'” (1 Jo 4.1). Na história do mormonismo se vê o perigo de seguir personalidade em vez de aderir-se à doutrina sadia. Tal como a popularidade de Jeseph Smith cegou seus seguidores para suas faltas e falsidade de sua mensagem, surgem problemas similares ainda hoje. Existem muitos falsos doutrinadores com muita popularidade em nossos dias.

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