ESCATOLOGIA – Doutrina das Últimas Coisas​

ESCATOLOGIA - Doutrina das Últimas Coisas

Morte Física e Estado Intermediário

 

Escatologia 31/01/2022

 

Voltamos nossa atenção nesta ultima parte do estudo para a Escatologia ou a Doutrina das Ultimas Coisas. Todas as doutrinas do cristianismo apontam para uma consumação final e todas as convergem para uma gloriosa esperança – a Segunda Vinda do nosso Senhor. Precedendo este acontecimento, consideramos sucintamente os assuntos da morte e do estado intermediário; continuando com a ressureição e o juízo final. A palavra de Deus constitui a nossa única fonte de informação sobre estes acontecimentos vitais e importantes do futuro.

 

  1. A morte e a Imortalidade

  1. O conceito Cristão da Morte.

No sistema cristão, o conceito de “morte” aparece muitas vezes ligado a varias interpretações. A morte no sentido físico, como separação da alma do corpo, é considerada como o ultimo acontecimento na história probatória do homem. Como notamos em conexão com nosso estudo da queda a morte deve ser interpretada também como pena imposta à raça humana por usa do pecado, e as Escrituras também consideram a morte como espiritual e eterna. A morte nunca significa aniquilação. No sentido físico, a morte refere-se simplesmente como separação da alma do corpo, não a terminação da existência. No sentido espiritual a morte refere-se à separação tanto da alma quanto do corpo de Deus; e quando é considerado elemento adicional de “morte eterna”, esta separação vem a ser final e irrevogável.

As Escrituras ensinam que assim como por um só homem entrou o pecado e pelo pecado a morte, assim também passou a todos os homens porque todos pecaram (Rm 5:12) Portanto a morte é a recompensa do pecado: morte física, e eterna. Mas as Escrituras ensinam com igual clareza que a morte como pena é abolida em Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para a condenação, assim como por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens pata justificação que dá vida (Rm 5:18). Portanto0 a morte como pena, considerada como física ou espiritualmente, é abolida por Cristo de duas maneiras: provisionalmente, para todos os homens, porque Ele provou a morte por todos homens. (Hb2:9) e atualmente para todos os que estão em Cristo. Quem crê no filho tem a vida eterna, o que toda via, se mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanecera a irá de Deus (Jo :36).

Esta abolição é tanto condicional, porquanto depende da fé em Cristo como gradual. Esperamos com ansiedade o dia em que todo o vestígio da morte física ainda esta unida ao proposito divino quanto ao destino da humanidade, porque aos homens esta ordenado morrer uma só vez (Hb 9:27) Ademais, para o cristão a morte faz parte da disciplina probatória e é santificada com uma base de comunhão com Cristo. A morte física para o cristão esta agora transfigurada em simples partida desta vida para outra (Cor 5:1-4). É a porta pela qual se entra á presença de Cristo.

 

  1. A Imortalidade do Homem.

 

 

 

 

A vida do homem jamais cessa de existir. A sepultura é apenas o túnel pelo qual se passa para chegar a vida do além. A natureza desta existência futura é determinada pelo caráter pessoal, e este, por sua vez, pela atitude da alma para obra expiatória de Jesus Cristo. Para o crente a vida eterna, para o incrédulo é a morte eterna.

Além da convicção fundamental possuída intuitivamente pelos homens normais respeitando a ao fato da imortalidade, existem certos argumentos que apoiam. O argumento psicológico é baseado na alma como elemento imaterial, invisível e, portanto, indestrutível. O argumento teológico sustenta que a alma humana não cumpre e nem pode cumprir sua finalidade neste mundo, mas precisa de outro mundo e de outra existência continua para alcançar sua consumação plena de bem-aventurança. Finalmente o argumento moral, como se apresenta nos seus aspectos social e individual, sustenta que o homem nem sempre recebe justiça nesse mundo. Assim a mera aniquilação não permitiria graus de castigo correspondente a diferentes graus de culpabilidade.

No antigo e no Novo testamento temos o único ensinamento autorizado sobre a imortalidade do homem. Nenhum escritor hebreu inspirado ou não, jamais duvidou da imortalidade da alma. O espírito do homem distingue da dos animais e a convicção de uma vida além do túmulo para o homem é aprestada com clareza. (Ec3:21, Jó 19:25-26, Salmo 90:10.) O Novo testamento está cheio de ensinamentos sobre o fato da imortalidade do homem. O Nosso Senhor declarou: Não temias os que matam o corpo e não podem matar a alma (Mt 10:28). De tudo fica evidente que alma e o corpo não são idênticos e que ao matar o corpo não se mata a alma. (Lc 12:4-5; Mt 17:3: At7:59)

 

  1. A vitória Cristã através de Cristo

A ressureição de nosso Senhor Jesus não foi apenas o Seu triunfo pessoal sobre a morte, mas também o triunfo do seu próprio povo. Por meio da sua vitória tornou autor da vida para todos os crentes. A morte, porquanto no fim será tragada pela vida, é agora um inimigo conquistado. Este fato por si próprio basta para tornar no cristão uma atitude diferente para com a morte. Para o crente a morte já não é um vento anormal. Em certo sentido, é um nascimento espiritual para o reino de Deus, mas um rebento de vida para o reino de além da terra, um nascimento no reino da gloria. (Rm 8:11)

 

 

 

O Estado Intermediário

 

Voltamos agora a questão da existência consciente da alma entre a morte e a ressureição do corpo. Todos os que aceitam os ensinamentos das Escrituras como Palavra de Deus, aceitam também o fato de um estado intermediário, mas há considerável diferença de opinião sobre a natureza deste estado.

  1. Terminologia

Parece útil uma compreensão de três termos aos analisarmos os encimaremos das Escrituras concernentes ao estado intermediário. Sheol é um tremo hebraico que as vezes significa indefinitivamente tumba, ou um lugar ou estado dos mortos em que existe o elemento de

 

 

 

 

 

 

miséria ou castigo. Mas nunca um lugar de felicidade ou de bem-aventurança depois da morte.

Hades é uma palavra grega que significa o mundo invisível dos espíritos idos. Foi usado pelos autores da Septuaginta para traduzir a palavra hebraica Sheol, como no Salmo 16:10 e em Atos 2:27. A palavra Hades é usada apenas onze vezes no Novo Testamento e, com exceção de quatro, todas são traduzidas para inferno e, evidentemente, representa sempre o mundo invisível como sob domínio de satanás e como oposição ao reino de Cristo. A terceira palavra paraíso, significa um parque ou jardim de prazer. Foi usada pelos tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Eden (Gn 2:8). Aparece apenas três vezes no Novo testamento (Lc23:43; 2Cor 12:4; Ap 2:7) e o contexto demostra que esta relaciono aos terceiros céu, num dos exemplos e nos outros como o “Jardim de Deus” no qual cresce a arvore da vida – referindo-se necessariamente todas estas passagens a uma vida que segue a morte física.

  1. Conceitos diversos concernentes ao Estado Intermediário

A crença comum entre o povo hebreu parece ter sido de que todas as almas desciam da morte para o Sheol, um lugar sombrio, subterrâneo, no qual os habitantes eram sombras existindo num estado de carência de força e poder, como num sonho. Em outras ocasiões representa-se o Sheol dividido em duas partes – o paraíso, lugar de gloria positiva, e a Geena, lugar de tormento positivo. No paraíso, ou seio de Abraão, estavam os judeus, ou pelo menos os que tinham sido fieis a lei, e na Geena estavam os gentios.

Desde o tempo de Gregório o Grande os Católicos Romanos têm sustentado a doutrina do purgatório como um lugar intermediário. Considera-se a morada intermediadora dos que morrem em paz com Igreja, mas que ainda necessitam de purificação ulterior antes de entrar no estado final do céu. É um estado de sofrimento com a finalidade de receber expiação e purificação. Quanto á duração e intensidade deste sofrimento a medida será o grau de culpabilidade e impureza de cada um. Não há limite definido ou conhecido com o respeito á continuidade da alma no purgatório, a não ser o dia do juízo. Afirma-se que as almas neste lugar podem receber ajuda por meio das orações dos santos e especialmente pelo sacrifício da missa. Afirma0se também que as autoridades da igreja podem, a seu critério, remitir inteira ou parcialmente a pena dos pecados pelos quais estas almas estão em um lugar de sofrimento. Esta doutrina errônea resulta da crença da Igreja Católica Romana de que a expiação de Cristo se nos aplica a morte eterna. Isto é. Cristo livra-nos da culpabilidade, não da possibilidade do castigo. Por todo o pecado cometido depois do batismo o ofensor deve dar satisfação completa pela penitencia ou pela pratica de boas obras. Esta satisfação tem de ser realizada nesta vida, se a alma vai entrar no céu, caso contrário, esta purificação tem de ser completada no purgatório.

O protestantismo retem a ideia de um estado intermediário, mas rejeita geralmente a ideia de um lugar intermediário. Sustenta-se que na hora da morte as almas dos justos vão

 

 

 

 

 

mediatamente para a presença de Cristo e de Deus. Estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Cor 5:6). Estas almas existem num estado de consciência e s sal relação moral e espiritual com Cristo é continua e ininterrupta (Rm 8:38). É um estado de bem aventurança e de repouso (Ap 14:13). Este não é o estado final dos crentes. O homem é corpo bem como espirito e no seu estado de separação do corpo existe um elemento de imperfeição que só se completará na ressureição final. As almas dos maus são banidas da presença de Deus, onde elas também existem num estado de consciência. Esta condição é de sofrimento e iniquidade. Também não é um estado final, pois os maus também ressuscitarão, mas para a vergonha e a rejeição eternas. O julgamento ser-lhe a condição eterna.

As escrituras deixam indefinida a questão se há um lugar intermediário, da mesma forma que um estado intermediário. Algumas passagens, como por exemplo o episódio do Lazaro e o rico (Lc 16:19-31) e a palavra de Cristo para o ladrão da cruz. Outros textos coma a palavra de Estevão (At 7:59) e a declaração de Paulo ( 2Co 5:8).

É crença geral da igreja que durante o estado intermediário as pessoas estão incompletas, conquanto corpo e alma estão superados, mas esta condição incompleta deve-se ao estado ou condição e não ao lugar, isto é justo e o ímpio vão a seu lugar de permanência final, mas não entram no seu estado eterno. Isto apenas acontecera no dia do juízo.

Quanto a se o estado intermediário dos remidos é caracterizado por progresso, desenvolvimento e atividade, a palavra de Deus parece dar resposta afirmativa. No Apocalipse lê-se que os espíritos remidos são eles os seguidores do Cordeiro por onde que vá (AP 14:4) e que tendo lavado e alvejado suas vestes no sangue do Cordeiro o servem de dia e de noite no seu santuário (Ap 7:15). Há m exemplo no que se revela com clareza um desenvolvimento rápido no estado intermediário. João, depois de ter ouvido o mensageiro de Deus, diz: (Ap 19:10) Tão transformado era o mensageiro que João não reconheceu como um mártir, mas supôs que fosse um ser divino que devia ser adorado. Portanto, não seria errôneo que acreditássemos, baseado na autoridade das Escrituras, que o estado intermediário será um de progresso na justiça para os santos, e na maldade para os réprobos.

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