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Segunda vinda do Nosso Senhor Jesus
Escatologia Parte 2 – 08/02/2022
A volta pessoal do nosso Senhor
Ao tratar da segunda vinda do nosso Senhor, entramos num dos pontos mais delicados e controversos da teologia. O assunto é periodicamente tem despertado interesse e agitado a Igreja, especialmente durante os períodos nos quais os homens sente mais a necessidade de ajuda de Deus. Em tempo de desastre, de guerra, de pestes ou perseguições, a esperança da Sua vinda tem sempre ocupado as mentes humanas.
A glória do cristianismo encontra a sua mais alta expressão no retorno e no reinado de Deus homem que como Cisto Ungido criador e redentor, Se estabelecerá a Si mesmo numa ordem mundial perfeita – o reinado de Deus num novo céu e numa nova terra onde habita a justiça.
A. Cristo Voltará em Pessoa
A teologia moderna está frequentemente muito inclinada a negar o retorno pessoal e visível do nosso Senhor, em vez disso, aceitar como substituto do fato apenas a crença na Sua presença espiritual. Não obstante, as Escrituras ensinam claramente que assim como Cristo veio uma vez ao mundo para efetuar a redenção do homem, também vira outra vez com o proposito de receber para Si mesmo a Igreja remida. Declara-se isso claramente nas palavras: “Assim também Cristo, tendo Se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, ao que aguardam para salvação (Hb9:28). Esta segunda vinda será pessoal, visível e gloriosa (Ap1:7). A sua vinda não será perceptível apenas aos olhos da fé, mas á vista do céu e da terra, confirma-se isso no incidente presenciado no monte da Ascenção (At 1:9-11).
Nenhum testemunho sobre a segunda vinda é mais importante do que o dado pelo próprio Jesus. Numa solene advertência aos judeus, disse Jesus em Mt 23:38-39. Entretanto a declaração culminante é a que fez diante do sumo sacerdote em Mt 26:34. Tendo por fundamento estas declarações dadas pelo próprio Mestre, não é de surpreender que para os cristãos primitivos que a segunda vinda fosse a bendita esperança e a manifestação da gloria dos nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus (Tito 2:13). Paulo afirma que a nossa pátria está nos céus (Fp 3:20-21). Pedro exorta dizendo: “Por isso cingindo vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo (1Pd 1:3). João também sua exortação em Jo 14:-3, nessas declarações claras de Cristo e dos Sus apóstolos temos evidências amplas do fato da segunda vinda pessoal e gloriosa de Cristo.
B. O Sinal da Sua vinda
Na sua resposta à pergunta dos Seus discípulos, “Que sinal haverá da tua vinda e da consumação do Século?” (Mt 24:3), o nosso Senhor predisse três espécies de acontecimentos que marcarão a época da Sua segunda vinda. Primeiro, haverá distúrbios no mundo físico, grandes revoluções políticas e desintegração social. (Mt 24:7). Das palavras “ainda não é o fim” (Mt 24:6), podemos concluir que este princípio de dores precederá Sua segunda vinda por espaço considerável de tempo. Mas o nosso Senhor prediz as sombras mais escuras de uma maior tribulação à medida que se aproximar o fim dos tempos. Mateus 24:15-20 o texto representa grande relevo e admoestação e em Mt 24:21-22 conclui esta afirmação. Segundo o Evangelho será pregado em todo mundo antes da segunda vinda. Pregar o evangelho e dar testemunho de Cristo é o dever supremo da Igreja nesta época (At 1:7:8). Por isso que nos diz que será pregado este evangelho do reino por todo mundo, para testemunho das nações. Então virá o fim Mt 24:14, finalmente o nosso senhor prediz que a época da sua segunda vinda será caracterizada por apostasia ou deserções por causa do engano e do pecado. (Mt 24:10-12). O nosso Senhor parece indicar também que enquanto a tribulação se aprofunda no fim dos tempos, assim também aumentará o engano do pecado. Paulo também revela que no curso de uma grande apostasia nos últimos dias, haverá também revelação do “homem do pecado” que com ímpia presunção tomara o lugar de Deus e exigira para si a honra da adoração divina (1Tess 2:3-4).
O aumento da maldade que acaba de ser descrita não implica um declínio gradativo do reinado de Cristo. Nosso Senhor ensina que a mesma estação da ceifa que amadurece o trigo, amadurece também o joio, que após um progresso da maldade bem como da justiça, e que o trigo e o joio crescerão juntos – não se diz que crescera um e o outro diminuirá. Ao aproximar-se do fim do mundo, podemos esperar um aumento na justiça e na maldade, a Igreja deve preparar-se para uma luta agressiva e constante contra o pecado, até que Jesus venha.
C. A maneira da Sua vinda
Aqui de novo os discursos do nosso Senhor devem ser a fonte da nossa autoridade a este evento escatológico. Tendo advertido contra sedução dos falsos profetas, instrui os Seus discípulos sobre a maneira da Sua vinda com estas palavras descritas em Mt 24:26-27. Indica também que haverá distúrbios de natureza cataclisma no universo físico imediatamente antes ou no momento da Sua vinda (Mt 24:29-31). O nosso Senhor ensina também que sua vinda será de certa forma inesperada. O tempo a segunda vinda está revestida de mistério. (Mt 24:36), instrui os seus discípulos a dar a máxima atenção à vigilância e obediência às coisas do reino.
Declara a demais que na hora da Sua segunda vinda o mundo seguirá seu curso normal, esquecido do grande evento que virá rapidamente, sem aviso especial. Podemos ter plena convicção de que a segunda vinda será uma aparição gloriosa e repentina, irrompendo o curso normal do mundo como um evento cataclísmico inesperado. Aos justos, que por meio da fé na Sua palavra se preparam e lhe esperam o retorno, esta aparição será recebida com gozo supremo. Para os maus que desprezam as Suas palavras, dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? será um tempo de consternação e de condenação.
D. O propósito da Sua vinda
O nosso Senhor apresenta o propósito de Sua vinda em duas parábolas familiares, a dez virgens e a dos talentos. A verdade proeminentemente ressaltada em ambas as parábolas é a de uma vinda para julgamento no qual os justos serão recompensados e os maus castigados. Logo após a segunda parábola, o nosso Senhor claramente articula o proposito da Sua vinda nos seguintes termos Mt 25:31-34.
Depois disto se apresenta as cores vivas de um julgamento no qual Ele pronunciara sentença (Mt 25:31-34).
Destas palavras do nosso Senhor sobre a segunda vinda como diretamente relacionada ao julgamento não pode haver o menos apelo. Paulo põe a segunda vinda em estreita relação com o tempo da ressureição, fazendo ressureição dos justos algo que procede imediatamente ao arrebatamento dos santos vivos (1Tess 4:14-17). Aqui é evidente que a vinda de Jesus com os santos e a vinda de Jesus para os santos, devem estar associadas não somente com o mesmo evento, mas ainda deve ser considerada também como indicando a ordem dos acontecimentos neste evento.
Não apenas Paulo apresenta a segunda vinda como relaciona de perto a ressureição, mas põe-na Pedro em relação com o tempo da consumação final da presente ordem (2Pe 3:10-11). Como o evento a segunda vinda de Cristo está, portanto, associada, no tempo, à ressureição, ao julgamento e à consumação final. Estes outros assuntos relacionados são conhecidos nas Escrituras como o “Dia do Senhor”.
E. O Dia do Senhor
Como indicado no nosso estudo dos dias da criação, a exegese hebraica antiga nunca considerou os dias do Genesis como dias solares, mas como períodos de duração indefinida. A palavra “dia” é usada frequentemente neste mesmo sentido no Novo Testamento. Assim o nosso Senhor diz em 2Pd 3:10,12,13 e Paulo menciona tanto o dia do Senhor em 1Tess 2:1,2. Este dia do Senhor está associado geralmente, se não sempre a ideia do juízo. Podemos crer confiadamente, portanto, que o dia do Senhor ´um período de tempo acompanhado de eventos inaugurais, intermediários e finais. É um período transicional no qual um tempo ou ocasião é precedida por outros tempos ou ocasiões. Por esta razão é por vezes difícil distinguir os eventos preparatórios da consumação final a que conduzem. Antes de voltar a nossa atenção para a ordem dos eventos neste dia do Senhor é bom examinarmos o conceito do milênio.