Islamismo.

Seitas e Heresias Parte 8 – 17/05/22

ORIGEM

 O  fundador  do   islamismo, Mohammad ibn Abdullah ou Maomé, nasceu em 12 de Rabi-al-awwal (3° mês do calendário árabe e abril no cristão) de 570 d.C, em Meca, atual Arábia Saudita. Procedente de uma família aristocrática, era órfão de pai e sua mãe morreu quando o peque­no Muhammad tinha seis anos de ida­de. Em 610 d.C, Maomé recebeu a primeira visão mística que mudou completamente a sua vida. Cria que o arcanjo Gabriel entregou-lhe uma mensagem de que havia apenas um deus verdadeiro e que a idolatria era abominável. A divindade única de Maomé era conhecida como Al-Lah ou Alá, cujo significado é “o deus”. Em 612 d.C, começa a divulgação das suas visões e atrai alguns adeptos. Em virtude do seu analfabetismo, recitou tais visões a seus discípulos que a es­creveram. Estes escritos foram deno­minados Corão, isto é, o “recitado” ou “leitura”. Maomé, faleceu aos 63 anos em 632 d.C., em Medina. A reli­gião fundada por ele nega os princi­pais fundamentos doutrinários da religião cristã: a Bíblia, a Trindade, a morte e ressurreição de Jesus e o caráter universal do pecado.

INTRODUÇÃO

O islamismo é uma das três principais religiões monoteístas do planeta ao lado do cristianismo e do judaísmo. À semelhança destas, também nasceu no Oriente Médio. Suas crenças e práticas, porém, são contrárias à Bíblia e ao cristianis­mo.

I. CONSIDERAÇÕES GERAIS

1. Os filhos de Abraão.

Nem todos os árabes são muçulmanos, e nem todos os muçulmanos são árabes. Há uma grande disputa, desde a antiguidade, pois é desejo dos árabes serem filhos de Abraão, mas nem todos o são. Deus dá, ain­da hoje, a oportunidade para qual­quer pessoa, independentemente de sua nação ou origem, de tornar-se descendente de Abraão, median­te a fé em Jesus (Rm 4.11; Gl 3.7).

2. O mundo árabe.

Os povos do sul da Península Arábica descen­dem de Qahtan, Joctã (Gn 10.25), cujos descendentes povoaram o sul dessa península. Os povos do norte da Arábia Saudita são descendentes de Adnam, que é ismaelita. Havilá (Gn 25.18) era uma região da costa ori­ental da Península Arábica, no Golfo Pérsico; Sur é na região do Sinai

3. Origem do islamismo.

O nome da religião vem da palavra árabe islã, “submissão”, mas os críticos afirmam que significava: “desafio à morte, heroísmo, morrer na batalha” no mundo pré-islâmico. Foi fundado por Maomé na

Arábia Saudita, em 610 d.C., e, logo, expan­diu-se por todo o Oriente Médio, sul da Ásia, norte da África e Península Ibérica, pela força da espada.

II. FONTE DE AUTORIDADE

O islamismo rejeita a Bíblia. A fonte principal de autoridade na fé islâmica é o Alcorão, mas há outras fontes, a Sunnah ou Tradição Viva, registro de tudo que Maomé teria feito e dito, classificado em volumes e chamados de Hadith. Baseados no Hadith e no Alcorão, elaboraram a lei islâmica chamada Shaaría.

1. Origem e história do Alcorão.

A palavra vem do árabe quran, “recitação”, e ai é o artigo definido. Os muçulmanos acredi­tam que o anjo Gabriel recitou sua mensagem a Maomé durante 23 anos, e cujo conteúdo está numa tábua no céu. Eles acreditam que o Alcorão é a inspirada Palavra de Deus. Mas, estudos críticos nele e na sua história tornam inconsisten­te esse conceito.

2. Origem humana do Al­corão.

Havia muitos textos discre­pantes do Alcorão. Por isso, Otmã, terceiro sucessor de Maomé (644-656), padronizou seu texto confor­me suas conveniências, e mandou destruir as demais cópias sob pena de morte. Um dos discípulos de Maomé, chamado Abdollah Sarh, dava sugestões sobre o que deve­ria ser cortado ou acrescentado no Alcorão. Deixou o islamismo, ale­gando que se o Alcorão fosse a re­velação de Deus, não poderia ser alterado por sugestão de um escriba. Quando Maomé conquistou Meca, matou seu ex-discípulo, vis­to que sabia demais para continu­ar vivo.

3. Problema do islamismo com a Bíblia.

O problema é que os teólogos islâmicos logo descobri­ram que o Alá do Alcorão não é o mesmo Jeová

do Antigo Testamen­to, e que o Jesus do Alcorão não é o mesmo do Novo Testamento.

A mensagem da Bíblia é uma, e a do Alcorão é outra. Não podendo acei­tar o equívoco do seu profeta, re­solveram ensinar que a Bíblia foi falsificada por judeus e cristãos.

4. A verdade sobre a Bí­blia.

Deus prometeu preservar a sua Palavra (Jr 1.12). A integrida­de do texto bíblico é fato verifica­do cientificamente — os manuscri­tos do mar Morto confirmam a au­tenticidade do texto bíblico. Outra prova irrefutável, contra o argu­mento islâmico, é o grande núme­ro de manuscritos antigos tanto do Antigo quanto do Novo Testamen­to. A autoridade da Bíblia e sua ins­piração são suas características sui generis (Is 34.16; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21). Os muçulmanos contradi­zem-se, pois o próprio Alcorão de­clara-se como continuação das Es­crituras Sagradas.

III. TEOLOGIA ISLÂMICA

1. O Deus dos muçulmanos.

A história registra que existiram na antiguidade muitas religiões monoteístas, mas que eram pagãs. Seus adeptos adoravam a um único ído­lo. É um monoteísmo falso. Alá, di­vindade dos muçulmanos, era uma das divindades da Arábia pré-islâmica, adorada pela tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé. Há inúmeras evidências irrefutáveis na história e na arqueologia de que Alá não veio nem dos judeus e nem dos cristãos. Alá e Jeová não são nomes distintos de um mesmo Deus. Jeová é o Deus único e verdadeiro, ao pas­so que Alá não passa de um arre­medo do verdadeiro Deus.

2. O conceito de Trindade no Alcorão.

O islamismo consi­dera a crença na Trindade um pe­cado imperdoável e define-a como três deuses: Alá, Jesus e Maria. Há dois erros crassos nesse conceito. O primeiro, refere-se à terceira Pes­soa da Trindade, que é o Espírito Santo, e não, Maria. O segundo, a respeito do conceito do termo, que não quer dizer três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito (Dt 6.4; Mt 28.19).

3. O Senhor Jesus Cristo no Alcorão.

O Jesus do Alcorão é um mero mensageiro. Não é reconheci­do como Deus, nem como Filho de Deus e Salvador da humanidade. O Alcorão não reconhece a morte e a ressurreição de Cristo. Assim, consi­deram Maomé como superior a Jesus e “o selo dos profetas”. O Alcorão afir­ma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus, pois implicaria numa relação íntima e conjugal de Maria com Deus. O mais grave é que seus líderes afirmam que os cristãos pre­gam tal absurdo! (Jd 10).

4. A cristologia bíblica.

A expressão “Filho de Deus” mostra a origem e a identidade de Jesus (Jo 8.42), e não segue o mesmo padrão de reprodução humana. Eternamente gerado por Deus, o Senhor Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18, 20; Lc 1.35; Hb 1.5). Há inúmeras passagens bíblicas provando que Jesus é Deus igual ao Pai (Jo 1.1). Durante o Seu ministério terreno, fez o bem a to­dos (At 10.38), proporcionando não somente a vida física (Jo 11.43, 44), mas também a espiritual (Jo 10.10).

5. O sacrifício de Jesus.

A cruz de Cristo sempre foi escândalo para os que perecem (l Co 1.23). A morte e a ressurreição de Jesus es­tavam previstas no Antigo Testamen­to (Is 53.8-10; SI 16.10) e cumpriu-se em o Novo (Lc 24.44-46) para a nossa salvação (l Co 15.3,4). O sa­crifício de Jesus Cristo na cruz mos­tra que o homem é completamente incapaz de salvar-se por sua própria bondade e força. Negar o sacrifício de Jesus na cruz, ou fazê-lo parecer desnecessário, é uma forma de in­validar a única maneira de o homem ser salvo.

IV. OS CINCO PILARES DO ISLAMISMO

O credo islâmico, composto de cinco pilares, é o orgulho dos mu­çulmanos. Entretanto, Deus não está preocupado com ritos ou regras (Is 28.10). Ele busca a comunhão com o homem que criou (Mq 6.6-8).

Doutrina número 1: Deus

Os mulçumanos acreditam na existência e preeminência de deus. Há apenas um deus, cujo nome é Alá. Ao pronunciar Allah akbar (Alá, o grande), em suas orações diárias, os mulçumanos reconhecem que ‘deus é maior do que tudo’. Eles sabem que ele é onisciente, onipotente e onipresente. Os poderes atribuídos a Alá são os mesmos atributos ‘oni’ do Deus do judaísmo e do cristianis­mo: Onisciente – que tudo sabe;

Oni­potente – que tem todo poder; Onipresente – que está em todos os lugares ao mesmo tempo. No entan­to, qualquer semelhança com os pos­tulados do judaísmo e do cristianis­mo, no que se refere a Deus, param exatamente aqui. Quanto mais exa­mina-se a natureza de Alá, menos ele tem semelhança com o Deus dos ju­deus e dos cristãos.

  a) Alá e o amor.

Os mulçumanos têm ‘noventa e nove belas manei­ras’ para referir-se a Alá (as quais eles memorizam), e cada uma delas descreve uma das características de Alá.

Talvez você se surpreenda ao saber que o termo amor está ausen­te dessa longa lista das qualidades de seu caráter – o poder de Alá é mais ressaltado do que a misericór­dia. Isso não quer dizer, porém, que Alá não ama.

Ele ama aqueles que fazem o bem – ou seja, os que prati­cam boas ações e aceitam as práti­cas diárias dos cinco pilares. Con­tudo, Alá não ama o indivíduo cujas más ações sobrepujam as boas.

b) Diferença entre Alá e o Deus do cristianismo.

O atributo do amor é a grande diferença entre Alá e o Deus do cristianismo. Essa é a ra­zão pela qual é incorreto acreditar que Alá e Deus são a mesma divin­dade, simplesmente conhecida por nomes distintos, dependendo se você está em uma mesquita ou em uma igreja. Mas isso não é o mes­mo que chamar um divã por um nome alternativo, como sofá, :anapé, otomana ou marquesa. O Alá do Alcorão ama apenas os in­divíduos que considera bons; o Deus da Bíblia ama toda a humani­dade, embora saiba que nenhum indivíduo é basicamente bom. Se alguém questionar se há uma dife­rença entre Alá e Deus, diga-lhe que o amor é a resposta.”

(BICKEL, B.; JANTZ, Stan. Guia de seitas e reli­giões; uma visão panorâmica. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.79-81.)

PILARES

 1. Fé em Deus.

O primeiro pi­lar é crer em Alá como único Deus e em Maomé como seu mensagei­ro. Afirmar com sinceridade essa declaração três vezes, em árabe, diante de duas testemunhas, torna a pessoa muçulmana. Isso é recita­do nos ouvidos do recém nascido e nos do muçulmano, quando está morrendo. Eles buscam asseme­lhar-se ao cristianismo. Todavia, o seu deus e mensageiro não são os mesmos da Bíblia (Jo 17.3).

2. Oração.

O segundo, são as orações rituais, realizadas cinco ve­zes ao dia: de manhã, ao meio dia, à tarde, ao pôr do sol e à noite. Os judeus oram três vezes ao dia, des­de os tempos bíblicos (SI 55.17; Dn 6.10). Há uma passagem no Alco­rão onde parece afirmar que Maomé copiou essa prática dos ju­deus e aumentou para cinco vezes. Nós, cristãos, oramos continuamen­te (Cl 4.2; l Ts 5.17), não como obrigação; mas com o desejo de manter a comunhão com Cristo (Mt 6.5; Gl 2.20).

3. Esmolas.

O terceiro, é dar es­molas aos mais necessitados ou fazer atos de caridade. Prática copiada dos judeus e cristãos. A diferença é que não precisamos tocar trombetas (Mt 6.2). Não o fazemos para sermos salvos, mas porque já o somos e temos o fruto do Espírito (Gl 5.22).

4. Jejum.

O quarto, é jejuar 30 dias no mês de Ramada; o jejum fei­to apenas durante o dia. Pesquisas comprovaram que esse é o mês de maior consumo nos países islâmicos. À luz da Bíblia, isso não é jejum. O jejum cristão é como a oração: não é mandamento, é prática natural e voluntária do cristão (Mt 6.16).

5. Peregrinação.

O último pi­lar é a peregrinação à Meca pelo menos uma vez na vida, se as con­dições financeiras e de saúde o per­mitirem. É a cópia das peregrinações judaicas e cristãs (SI 122). Maomé substituiu Jerusalém por Meca.

CONCLUSÃO

O islamismo é inimigo da cruz de Cristo. Em muitos países islâmicos é crime um mulçumano se converter à fé cristã. Seus líderes fazem pro­paganda falsa contra o cristianismo e escondem as fraquezas de sua re­ligião. Nenhum deles fala ao povo que a Trindade bíblica não é a mes­ma descrita no Alcorão e nem expli­ca o conceito de “Filho de Deus” em o Novo Testamento. É o maior desa­fio da igreja nos dias atuais.

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