Discipulado – Um projeto para a vida
09 – Discípulo, um mordomo.
Em 17 das 40 parábolas, o princípio da mordomia é ensinado pelo Senhor Jesus. Isso significa que tempo, energia, inteligência, oportunidade, relacionamento e recursos, são dádivas de Deus. Cabe a nós cuidar e administrar, fazer tudo para a Sua glória. Como Seus discípulos, Deus usa a vida de cada um de nós para realizar coisas significativas para o Seus Reino.
Estes são alguns princípios dos quais não podemos esquecer.
1 – Deus é o dono de tudo (Sl 24.1)
Tudo o que vemos e tocamos pertence a Deus. Nós nunca realmente possuímos qualquer coisa durante a vida. Deus nos “empresta” tudo o que é Dele, enquanto estamos aqui. Tudo que existe já era propriedade de Deus antes que você nascesse, e Deus o emprestará a outra pessoa depois que você morrer (1Cr 29.11-14).
2 – O homem foi criado para ser um mordomo (Gn 1.27-28; 2.15)
Quando Deus criou Adão e Eva, confiou a eles os cuidados de Sua criação e os nomeou mordamos de Sua propriedade. O primeiro serviço que Deus deu a homem foi cuidar das coisas Dele na Terra, e dessa função, jamais foi exonerado. Assim como alguns animais correm, outros saltam, alguns escavam e outros voam, você foi chamado por Deus para ser um discípulo-mordomo.
3 – O mordomo é administrador, não dono (1Co 4.2)
Imagina que um amigo lhe empresta uma casa de veraneio. Então diz, “sinta-se à vontade”. Sua família e você vão utilizar todas as dependências, além dos utensílios da casa, mas, ela não pertence a vocês, por isso, tomarão o maior cuidado com tudo. Vão usufruir o conforto, mas não são proprietários da casa. É assim que acontece com a nossa vida. O mordomo recebe a confiança dos se Senhor, e o que exige dele? Que seja fiel a seu Senhor.
4 – Deus desenvolve o caráter, a fim de capacitar para a tarefa (Mc 3.14)
Na parábola dos talentos, o texto nos informa que o senhor distribuiu os talentos “a cada um segundo a sua própria capacidade” (Mt 25.15). Esta palavra “capacidade” é a tradução de dynamis, que significa “poder para realizar”. Isto nos ensina que o discípulo-mordomo tem a qualidade necessária para cumprir a sua tarefa. Não sabemos o que Deus usa para medir a capacidade de cada um. Pode ser que Deus observe a nossa felicidade, honestidade, emoções, maturidade, conhecimento, amor, fé, esperança, etc. Só sabemos que Ele nos conhece, por isso podemos ter certeza que temos a capacidade para realizar a tarefa que Ele nos está confiando.
5 – Quanto mais Deus nos dá, mais responsáveis Ele espera que sejamos (Mt 25.14-22)
Na parábola dos talentos, um homem de negócios confiou sua riqueza aos cuidados dos servos, enquanto estava fora. Quando retornou, avaliou a responsabilidade de cada servo e recompensou a cada um conforme a fidelidade e disposição.
Moralmente, o cristão é chamado à santidade, e dinamicamente ele é chamado para ser discípulo-mordomo. Isso significa que tudo o que você faz, mesmo uma simples tarefa diária, tem implicações eternas. Por isso, se você não estivar disposto a ser fiel no pouco, Deus não lhe dará uma tarefa maior.
Pensar que você nada pode fazer no Reino de Deus é quase tão arrogante quanto pensar que pode fazer tudo. Se você for um discípulo-mordomo fiel ao Senhor, Deus prometeu três recompensas na eternidade (Mt 25.21).
- Você receberá conhecimento de Deus: “Muito bem, servo bom e fiel”.
- Você receberá uma promoção e uma responsabilidade maior na eternidade: “Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”.
- Você será honrado em uma comemoração: “entra no gozo do Teu Senho.”.
Jesus disse: “Se alguém me servir, o Pai o honrará” (Jo 12.26).
Conclusão
Todo aquele que foi reconciliado com Deus, também foi chamado por Ele para ser um discípulo-mordomo. Na contramão do mundo, Jesus ensina a Seus discípulos que a grandeza de um homem não é medida pela quantidade de pessoas que o serve, mas, pela quantidade de pessoas a quem ele serve. No reino de Deus quem serve é maior do que aquele que está à mesa.
Lembre-se:
A sua salvação compete a Deus, mas o serviço de Deus compete a você!!!